A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. "Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice." O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.
Gêneros poéticos
Permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, eloquente, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Licença poética
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
Poemas de amor
sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
O Amor À Mentira
Quando te vejo andar, minha bela indolente,
Em meio aos sons da orquestra que se perdem no ar,
Movendo os passos harmoniosa e lentamente,
E passeando esse tédio de teu fundo olhar;
Em meio aos sons da orquestra que se perdem no ar,
Movendo os passos harmoniosa e lentamente,
E passeando esse tédio de teu fundo olhar;
Quando contemplo, sob a luz do gás que a cora,
Tua pálida fronte em mórbido recato,
Onde as flamas da noite acendem uma aurora,
Ou teus olhos iguais aos olhos de um retrato,
Digo-me: Como é bela! E que frescor tão puro!
O diadema maciço, halo de áureo esplendor,
E o coração, tal como um pêssego maduro,
Impõe, como seu corpo, a sabia arte do amor.
És o fruto do outono entre dentes vorazes?
És urna fúnebre a implorar prantos e dores,
Perfume que nos faz sonhar longínquos oásis,
Almofada sensual ou corbelha de flores?
Eu sei que há olhos cheios de melancolia,
Que nada escondem por debaixo de seus véus;
Belos escrínios, mas sem jóias de valia,
Mais fundos e vazios do que vós, ó Céus!
Mas basta seres esta dádiva aparente
Para alegrar quem vive apenas na incerteza.
Que me importa se és tola ou se és indiferente?
Máscara, ornato, salve! Amo a tua beleza!
Poesias de amor
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Livio, O Anjo Poeta
Pego da pena para te escrever. Oh, Musa da minha rua, neste instante, A destra percorre os caminhos insinuantes do teu corpo! Te desnudo querida, Ao lançar-te ao vivo pela pena, com tintas coloridas. Teu alvo busto coberto de rendas, brancas como a neve, que escuta o teu soluçar, arfante de desejos. Sei que sois minha apesar de seres tocadas, Por esses macios tecidos, mas sofro. Em tuas negras madeixas quantas vezes descansei E solucei implorando um beijo teu. Oh amor de minha vida, que tinges de carmim, Sonetos por ti feitos à luz do luar, Refletindo em tuas cartas, pedaços da tua alma! Partes agora para distante de mim e beijo saudoso as tuas pegadas. Acaricio o caminho que percorrestes envolto em ardente desejo. Em cada flor sinto o teu perfume, em cada arbusto vejo o teu perfil, e em cada curva da estrada a tua alma. Partes para outro te amar?...Nunca!! Saibas que me levarás contigo e, Em cada beijo que receberes aí estarei. Quando fores desejada estarei vigilante. E nunca te deixarei ver em outro ser a não ser este, O teu Eterno Amante. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário