quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Arcadismo

O Arcadismo se inicia no início do ano de 1700 e por isso recebe o nome também de Setecentismo, ou ainda neoclassicismo. Esta última denominação surgiu do fato dos autores do período imitarem, não de uma forma pura, mas alguns aspectos da antigüidade greco-romana ou o chamado Classicismo, e também os escritores do Renascimento, os quais vieram logo após a idade clássica. O classicismo compreende a época literária do Renascimento, no qual o homem tem a visão antropocêntrica do mundo, ou seja, o homem como centro de todas as coisas. Os renascentistas prezavam as obras clássicas, já que tinham a convicção de que a arte tinha alcançado sua perfeição. Assim como os renascentistas, os escritores árcades pretendiam retomar o estilo clássico, contudo com uma nova maneira, denominada de Neoclássica, de observar as considerações artísticas abordadas naquele período, como a razão e a ciência, conceitos oriundos do Iluminismo.

 O Iluminismo é determinado pela revolução intelectual ocasionada por volta dos séculos XVII e XVIII, o qual trazia como lema: liberdade, igualdade e fraternidade, o que influenciou os pensamentos artísticos da época na Europa, e principalmente a Revolução Francesa, a independência das colônias inglesas da América Anglo-Saxônica e no Brasil, a Inconfidência Mineira.

 O novo modo de analisar a cientificidade e a racionalidade da época árcade fugia das convenções artísticas da época, já que os escritores retomam as características clássicas, como: bucolismo (busca de uma vida simples, pastoril), exaltação da natureza (refúgio poético, em oposição à vida urbana), pacificidade amorosa (relacionamentos tranqüilos), a mitologia pagã, clareza na escrita com utilização de períodos curtos e versos sem rima. Os poetas árcades são freqüentemente citados como fingidores poéticos, pois escrevem sobre temas que não correspondem com a realidade do período histórico, visto anteriormente.

 Um dos principais escritores árcades foi o poeta latino Horácio, que viveu entre 68 a.C. e 8 a.C., e foi influenciador do pensamento do “carpe diem”, viver agora, desfrutar do presente, adotado pelo Arcadismo e permanente até os dias de hoje.
Os principais autores do Arcadismo brasileiro são: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Santa Rita Durão.

Barroco

O Barroco No Brasil 

O marco inicial do Barroco brasileiro é o poema épico, Prosopopéia de Bento Teixeira (1601). Há dúvidas quanto à origem do poeta, estudos literários recentes afirmam que ele nasceu em Portugal, porém viveu grande parte de sua vida no Brasil, em Pernambuco.
PROSOPOPÉIA é um poema épico com 94 estrofes, que exalta Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco. Bento Teixeira imita Camões de maneira infeliz, sua obra é cansativa e tem apenas valor histórico.

CONTEXTO HISTÓRICO DO BARROCO BRASILEIRO

O Barroco domina durante todo o século XVII e metade do século XVIII, até 1768.
Na literatura desenvolveu-se na Bahia e nas artes plásticas (esculturas) em Minas gerais
Com as obras do Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), e na pintura do Mestre Ataíde.

BARROCO BRASILEIRO

*Movimento artístico e filosófico que surge com o conflito entre a Reforma Protestante e a Contra Reforma. Seu objetivo era propagar a religião através de uma arte de impacto, sinuosa, enfeitada ao extremo.Arte altamente contraditória.
A origem da palavra ?barroco? é obscura, hipóteses têm sido consideradas mais aceitáveis: ?barroco? era o adjetivo que designava certas pérolas de superfície irregular e preço inferior.De qualquer forma há um valor depreciativo na palavra, que durante muito tempo foi usada para indicar uma arte e uma literatura ?bizarra?, ?extravagante.?

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA BARROCA


O homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu.
Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa.
Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne X espírito).
Detalhismo e rebuscamento- a extravagância e o exagero nos detalhes.
Contradição- é a arte do contraditório, onde é comum a idéia de opostos: bem X mal, pecado X perdão, homem X Deus.
Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos estilísticos e figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos, para melhor expressarem a comparação entre o prazer passageiro da vida e a vida eterna.
Regido por duas filosofias: Cultismo e Conceptismo. Cultismo é o jogo de palavras, o uso culto da língua, predominando inversões sintáticas. Conceptismo são os jogos de raciocínio e de retórica que visavam melhor explicar o conflito dos opostos.




PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO BARROCO BRASILEIRO

POESIA


GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca de Brasa
TEMAS DA POESIA GREGORIANA:
POESIA RELIGIOSA: mostra o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento, implorando perdão.
POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-lhe o apelido de Boca do Inferno.
POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta de safadeza.

A PROSA BARROCA BRASILEIRA

PADRE ANTÔNIO VIEIRA nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus.Efetivou uma política de defesa dos cristãos ?novos, procurando protegê-los da Inquisição em Portugal.
Sua extensa obra reflete seu envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a luta pela independência portuguesa,, o confronto com holandeses no nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição.
OBRAS: CARTAS E SERMÕES ? Sermão da Sexagésima , Sermão de Santo Antônio aos peixes e outros.
Sua obra é notável pelo manuseio da expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos lingüísticos.
Para a literatura, sua importância foi fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia, transformando-se num clássico da língua.
O mais conhecido sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que moralizantes, o que transformava os sermões em vazios estéticos.
Vieira compara a estrutura do sermão à estrutura de uma árvore ? a àrvore da vida?, onde as partes constituintes da àrvore, todas relacionadas às partes do sermão.(troncos, ramos,folhas, varas, flores, frutos) numa ordem simetricamente inversa a seguir(frutos, flores, varas, folhas , ramos e tronco. Lendo-se cuidadosamente percebe-se o ritmo das frases e a cadência do texto. Era uma peça para ser exposta oralmente. 

Quinhentismo

Quinhentismo Brasileiro

  

 

O Quinhentismo, fase da literatura brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e européia em geral. Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o passar dos anos, as literaturas informativa e dos jesuítas, foi dando lugar a denotações da visão dos artistas brasileiros.
Na época da colonização brasileira, a Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se dividia entre a conquista material e a espiritual (Contra-Reforma), o cidadão brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.
A carta de Pero Vaz de Caminha traz a referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo que a expansão do cristianismo (literatura jesuíta).
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
José de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.


Classicismo

Classicismo

 

A chamada Era Clássica compreende os fatores socioeconômicos que marcaram os séculos XVI, XVII e XVIII. Essa fase retoma os valores da Antiguidade Clássica e, por isso, recebe a denominação citada.

O período histórico da Era Clássica envolve a queda do feudalismo, a expansão marítima e o desenvolvimento do capitalismo e perdura até que uma nova configuração política, econômica e social se estabeleça com a chegada das Revoluções Industrial e Francesa.

A Era Clássica enfatiza a poesia, a mitologia; os autores clássicos, como Homero, Virgílio e Horácio; a exaltação da vida no campo e o bucolismo.

Pode, ainda, ser dividida por três estilos literários: Classicismo, Barroco e Arcadismo.

O Classicismo surge durante o Período do Renascimento, ou seja, em meio ao movimento artístico no qual a cultura clássica ocupava o espaço da medieval, o capitalismo consolidava-se e a Idade Média tinha seu fim.

Então, a Idade Moderna precedia a nova realidade, mais liberal, mais antropocêntrica (o homem como centro). Todas as manifestações literárias que figuravam este modelo renascentista são chamadas de Classicismo. Este último, passa a existir em Portugal no ano de 1527, com o retorno de Francisco Sá de Miranda da Itália, o qual divulga os novos conceitos europeus da arte e da poesia.

São características das obras do Classicismo: a presença de adjetivos, a perfeição estética, a pureza das formas, a retomada da mitologia pagã, a busca do ideal de Beleza encontrado nos modelos dos autores da Antiguidade Clássica.

Literatura Medieval

Literatura Medieval

 

 

 

Durante a Idade Média, a produção literária esteve claramente vinculada aos processos de ordem política e social da época. Em meio às invasões bárbaras, ocorreu um processo de ruralização da sociedade que dificultou a produção literária entre os séculos V e X. De fato, a grande parte da população medieval não tinha acesso aos livros e nem sequer dominava a escrita de algum idioma.

Um exemplo dessa situação pode ser visto nos próprios destinos tomados pelo processo de cristianização da Europa. Por não saberem ler, muitos dos convertidos tinham acesso às narrativas bíblicas e hagiográficas por meio de imagens que buscavam estruturar uma narrativa. Dessa forma, podemos ver que a adoração a imagens ganha espaço mediante as dificuldades impostas pela falta de obras e instituições que pudessem facilitar o acesso à literatura.

Na Alta Idade Média, podemos assinalar que o Império de Carlos Magno (800 - 887) foi um dos momentos singulares em que as atividades culturais e intelectuais, incluindo aí a literatura, tiveram relativo prestígio. Várias escolas tiveram a função de ensinar e preservar o legado deixado pela civilização greco-romana. No mais, os mosteiros foram os mais importantes e significativos centros de preservação e produção intelectual de escritos influenciados pela Antiguidade.

Saindo dos limites da Europa Feudal, não podemos nos esquecer da rica produção literária organizada pelos povos convertidos ao islamismo. “O Livro dos reis e Rubayat”, de Omar Khayan, e “As mil e uma noites” se destacam como grandes exemplos da literatura árabe. Ao mesmo tempo, podemos também indicar o grande trabalho de tradução que Averróis e Córdoba fizeram da filosofia grega para a língua árabe.

Atingindo a Baixa Idade Média, podemos ver uma transformação muito interessante na literatura europeia. As línguas nacionais (também conhecidas como línguas vulgares) começaram a quebrar o monopólio que o latim exercia na maioria dos documentos escritos. A poesia épica, marcada pela temática militar, descrevia a coragem dos nobres cavaleiros. “Poema do Cid”, “Canção dos Nibelungos” e “Canção de Rolando” são alguns dos mais importantes exemplos dessa vertente literária.

No século XII, o trovadorismo inaugurou uma nova fase da poesia medieval em que o ambiente de cavalaria passou a dividir espaço com a figura da mulher. O trato refinado, os galanteios e o amor entraram em cena. Nesse mesmo contexto, o desenvolvimento das cidades abriu espaço para que o fabliaux surgisse como um tipo de literatura satírica para que as autoridades, senhores feudais e clérigos fossem criticados pela letra de seus vários autores.

Décadas mais tarde, vemos que o aparecimento das universidades também contribuiu para que vários estudantes concebessem paródias bem humoradas sobre os textos oficiais. Também conhecidos como “poetas goliardos”, esse escritores anônimos abusavam da irreverência para criticar os valores de sua época. “Carmina Burana” é uma das obras que melhor representa a ação crítica desempenhada por esses escritores do baixo medievo.

Alcançando o final da Idade Média, já podemos observar que os valores mundanos começaram a se contrapor à predominância dos valores religiosos. A preocupação dos intelectuais e artistas em pensar na condição humana trilhava os primeiros passos da Renascença. Entre outros exemplos, “A Divina Comédia”, do poeta italiano Dante Alighieri, e “O Romance da Rosa”, de João Menung e Guilherme de Lorris, identificam essa mudança de ênfase e tema.

Autores

Charles Baudelaire

Órfão de pai aos seis anos, Charles-Pierre Baudelaire viria a odiar o segundo marido da mãe, o general Jacques Aupick (mais tarde, esse sentimento inspiraria sua atitude rebelde em face das convenções sociais e dos temas frívolos na poesia).

Após anos de desavenças com o padrasto, Baudelaire interrompeu os estudos em Lyon para fazer uma viagem à Índia. Na volta, participou da Revolução de 1848.

Após esse período conturbado, passou a freqüentar a elite aristocrática. Envolveu-se com a atriz Marie Daubrun, a cortesã Apollonie Sabatier e a também atriz Jeanne Duval, uma mulata por quem se apaixonou e a quem dedicou o ciclo de poemas "Vênus Negra".

Em 1847, lançou "La Fanfarlo", seu único romance (trata-se, mais propriamente, de uma novela autobiográfica).

Dez anos depois, quando se publicaram "As Flores do Mal" ("Les Fleurs du Mal"), todos os envolvidos com o livro foram processados por obscenidade e blasfêmia.

Além de pagarem multa, viram-se obrigados a retirar seis poemas do volume original (só publicado na integra em edições póstumas). Tanto "As Flores do Mal" como "Pequenos Poemas em Prosa" (póstumos, 1869) introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo opostos existenciais como o sublime e o grotesco.

Entre seus ensaios, destaca-se "O Princípio Poético" (1876), em que fixa as bases de seu trabalho. Nos diários (também publicados postumamente), revela-se profético e radical contestador da civilização moderna.

Literato que avançou as fronteiras dos costumes em sua época, Baudelaire lançou-se como crítico de arte no Salão de 1845, sempre buscando um princípio inspirador e coerente nas obras artísticas. ("Salão" era o nome pelo qual se conhecia a mais importante mostra anual da pintura e da escultura francesas.)

De 1852 a 1865, Baudelaire traduziu os textos do poeta e contista norte-americano Edgar Allan Poe, por quem se entusiasmara já no final da década de 1840.

Outro Baudelaire, o sifilítico e usuário de drogas, surge em "Os Paraísos Artificiais, Ópio e Haxixe" (1860), uma especulação sobre plantas alucinógenas, parcialmente inspirada pelas "Confissões de um Comedor de Ópio" (1821), do escritor inglês Thomas de Quincey. Há também obras de cunho intimista e confessional, como "Meu Coração Desnudo".

Baudelaire foi um dos maiores poetas franceses de todos os tempos. Alguns o consideram um antecessor do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. Pioneiro da linguagem moderna, impôs à realidade uma submissão lírica. Embora muito criticado, tinha entre seus admiradores homens como Victor Hugo, Gustave Flaubert, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine.

Dissipou seus bens na boemia e na jogatina parisienses. Mergulhado em dívidas, teve de resignar-se a medidas judiciárias tomadas pelos familiares, e um tutor foi nomeado para controlar-lhe os gastos.

Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Após uma vida repleta de tribulações, Baudelaire morreu com apenas 46 anos, nos braços da mãe. Seu talento e seu intelecto só seriam totalmente reconhecidos depois. No século 20, tornou-se um ícone, influenciando direta e indiretamente toda a moderna poesia ocidental.

 

J. K. Rowling

 

A escritora britânica Joanne Kathleen Rowling nasceu na cidade de Yate, nas proximidades de Bristol, na Inglaterra, em 31 de julho de 1965. Ela se tornaria célebre pela criação do bruxinho Harry Potter, que lhe renderia sete volumes de uma série premiada e aceita quase unanimemente pela crítica e pelo público.

Desde cedo a autora cultivava o gosto da leitura, e vários escritores despertaram na menina o desejo de ser uma escritora. Durante a infância ela nutria um amor incondicional por seus avós paternos, seus prediletos. Sua avó, Kathleen Ada Bulgen Rowling faleceu quando a garota tinha apenas 9 anos. Em sua homenagem, Joanne adota seu nome, representado pela letra ‘K’, para completar seu nome artístico – J.K. Rowling.
Atendendo aos apelos de seus genitores, a criadora de Harry Potter cursou Língua e Literatura Francesa na Universidade de Exeter, ao invés do curso de língua inglesa que pretendia fazer. Após sua graduação, ela deu sequência à formação na capital francesa, aí permanecendo durante um ano. Voltando à Inglaterra, começou a trabalhar na Anistia Internacional em Londres, como secretária bilingue e investigadora. Ansiando por concretizar seu sonho de escrever, deixou o cargo e foi para Portugal no ano de 1991.
Neste país ela dava aulas de Inglês à tarde e à noite e, pela manhã, costumava escrever nas mesas dos cafés do Porto, cidade em que permaneceu por cinco anos. Neste ritmo ela deu início a sua trajetória literária, mais especificamente à criação de sua saga. Ela preservaria a rotina de escrever nos bares, mas seu livro, o primeiro Harry Potter, só foi concluído depois que ela se divorciou do marido, o português Jorge Arantes, e seguiu com sua primogênita para Edimburgo, na Escócia.
Foi uma longa jornada até que Harry Potter e a Pedra Filosofal fosse aceito pelo mercado editorial. A autora teve que realizar um ‘tour’ por diversas editoras, e em 1994 experimentou a miséria e um estado depressivo, até a Bloomsbury decidir lançar sua primeira obra como mais uma na galeria da literatura infantil. Quando enfim ele foi publicado, em junho de 1997, Joanne ministrava aulas de francês. O sucesso foi instantâneo, vieram os primeiros prêmios no campo dos livros para crianças. Ela conquistou até mesmo a premiação de Livro Infantil do Ano, concedido pelo British Book Awards.
Ao negociar seus direitos como autora para os Estados Unidos, por cento e cinco mil dólares, valor inigualável para uma escritora em início de carreira, ela pode deixar as aulas e se devotar integralmente ao restante da saga Harry Potter. Sua obra prosseguiu a trajetória ascendente, mantendo-se sempre nos primeiros lugares entre os livros mais vendidos, tanto na categoria infantil, quanto na adulta.
Os fãs cresceram a cada volume, especialmente quando a saga foi convertida para as telas dos cinemas, em 2001, ampliando ainda mais as vendas dos livros. A ansiedade dos leitores era tanta, que Rowling teve que ceder as suas pressões e antecipar o lançamento do segundo volume, Harry Potter e a Câmara Secreta, de setembro para junho de 1999.
A terceira parte, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkabam, publicada neste mesmo ano, em setembro, conquistou ainda mais prêmios e um sucesso ainda maior. Em 2000 Rowling publicou Harry Potter e o Cálice de Fogo e negociou seus direitos literários com uma famosa empresa cinematográfica, cedendo assim os primeiros volumes para lançamento nos cinemas.
Depois vieram Harry Potter e a Ordem da Fênix, em 2003, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, em 2005, e Harry Potter e as Relíquias da Morte, em 2007.  Hoje ela é a escritora mais rica e poderosa do Planeta, e pode assim converter sua fortuna no auxílio à luta contra enfermidades, a desigualdade e a miséria do mundo. Sua obra já foi traduzida para sessenta e quatro idiomas, e a revista Forbes a considerou, em 2004, a primeira criadora literária a conquistar bilhões de dólares com esta atividade.
Em 2001 ela se casou novamente, com o anestesista Neil Michael Murray, com quem teve dois filhos, David e Mackenzie, além de Jessica, do primeiro matrimônio. Em fevereiro de 2009, ela obteve das mãos de Nicolas Sarkozy, presidente francês, a divisa de Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra.


Stephenie Meyer

 

Stephenie Meyer é uma escritora estadunidense, nascida em 24 de dezembro de 1973, na cidade de Hartford, Connecticut, autora da série de best-sellers “Crepúsculo”.

O livro, até o ano de 2008, já havia vendido mais de 42 milhões de exemplares em todo mundo, em 37 línguas. Chegou ao Brasil em 19 de dezembro de 2008. Meyer também escreveu a obra “The Lost”. Em Phoenix, estado do Arizona, estudou na escola Chaparral High School, se formou em inglês na Brigham Young University, em Utah, no ano de 1995.
stephenie-meyerCriada em Phoenix, é casada e mãe de três filhos. Desenvolve estilo literário juvenil que, nos fins da década de 90, obteve grande aquecimento de público com a saga de Harry Poter e o Senhor do Anéis.
É frequentadora da Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Depois do livro “Crepúsculo”, recebeu um prêmio do NY Times e dois da Associação de Bibliotecas Americanas.
Começou a escrever o “Crepúsculo” depois de um sonho que teve em 2 de junho de 2003, que descrevia uma paixão entre um vampiro e uma moça inocente. No dia seguinte, cuidou dos filhos e iniciou as anotações do sonho; o nome da protagonista, Isabella, seria dado a sua filha, mas Meyer só teve meninos.
O sucesso lhe rendeu contratos de adaptação para o cinema, produtos e o planejamento de novas obras com a Little, Brown and Company.

 


 

Resenha Crítica

Os Sofrimentos do Jovem Werther

 

Na obra-prima de Goethe, o jovem Werther, por motivos de trabalho, está longe de sua família e amigos, mas comunica-se com Whilhelm através de cartas nas quais narra sua história de paixão e tragédia com a jovem Lotte.
Desde o início ele soube que sua amada estava prometida a um noivo: Albert, homem cujo qual Werther adquiriu grande admiração e amizade desde sua apresentação.
Mas o tempo é um martírio para as almas envoltas pela paixão. Com o convívio diário, Werther apaixonava-se cada vez mais. Passeios no campo, longas conversas, poemas, todos momentos que contribuiram para fazer com que esquecesse do mundo todo e só visse importância em Lotte.
Por vezes, tentou afastar esse pensamento, sabia que nunca poderia tê-la para si, mas a certeza cega de que ela também o amava fez com que retornasse para, mortalmente, ser atingido pela paixão.
Com o casamento entre Albert e Lotte, Werther cada vez mais pensava na impossibilidade de seguir sua vida, de viver sem Lotte, de viver simplesmente.



                                      Crepúsculo


                                        Crepúsculo, de Stephenie Meyer

Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história não fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é uma leitura de tirar o fôlego – um romance repleto das angústias e incertezas da juventude – o arrebatamento, a atração, a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos. Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks – último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen.


                                Marley e Eu

Marley e Eu

 

Marley e Eu é um livro medíocre, pra dizer o mínimo.
Sabe aqueles filmes de Hollywood em que os cachorros são astros? Tem aquele que joga basquete, aquele que salva vidas e tudo mais, não tem até um bombeiro?
Se você realmente não tem NADA, mas NADA pra fazer, compre o livro (por favor, ache o melhor preço, você não quer gastar comprando essa porcaria quando pode fazer o download grátis por aí né?) e passe uma tarde inteira de tédio enquanto eu leio Borges aqui na minha sala.
Todo mundo pergunta porque eu odeio tanto essas literaturas de auto-ajuda. A resposta você só obtém depois de ler um livro como Marley e Eu.


              A Menina que Roubava livros

 

A Menina que Roubava livros

A Alemanha nazista.
Uma menina com um irmão morto.
Um livro preto com letras prateadas.
Neve.
Dois pais de criação.
A mulher com punhos de ferro.
O enrolador de cigarros.
Um judeu escondido no porão.
Palavras…
…e bombas.
. Eis um pequeno fato .
Você vai morrer.
A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu?
. Uma pequena teoria .
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,
mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão
de matizes e entonações a cada momento que passa.
Uma só hora pode constituir em milhares
de cores diferentes — amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.
Primeiro aparece uma coisa branca. Do tipo ofuscante. É muito provável que alguns de vocês achem que o branco não é realmente uma cor, e todo esse tipo batido de absurdo. O branco é sem dúvida uma cor e, pessoalmente, acho que você não vai querer discutir comigo.
. Um anúncio tranqüilizador .
Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior.
Sou só garganta…
Não sou violenta.
Não sou maldosa.
Sou só um resultado
Ei, acorde! Ela não está atrás de você, ela sequer procura você. Ela só chega quando é tarde demais. E faz o seu trabalho.
Como eu falei, parece muito mais humano passar as sensações que um livro possa trazer.
Alegria.
Ternura.
Tristeza.
Euforismo.
Solidão.
Orgulho.
Medo…
…e a Morte.
Foi nos livros que Liesel viu a oportunidade de fugir daquilo tudo que a perseguia. Ela esquecia do irmão morto com um olho aberto, no chão do vagão do trem.
Ensinaram-na a ler. Um certo enrolador de cigarros e um acordeonista.
No abrigo, durante os bombardeios, ela sacudia as palavras para manter todos mais calmos. E longe de mim. Era a sacudidora de palavras.
Até que um dia ela escreveu seu próprio livro.
Até que um dia as sirenes não tocaram para avisar sobre as bombas.
Até que um dia a rua Himmel foi devastada.
Até que um dia só sobrou a menina que roubava livros nos escombros de um porão raso demais para suportar.
Uma sobrevivente.
Um acordeão quebrado.
Um beijo tarde demais.
Um livro perdido e devolvido em tempo.
Venha comigo, quero lhe contar uma história. Vou lhe mostrar uma coisa.

. A nota final de sua narradora .
– Os seres humanos me assombram
.


Anjos e Demônios – Dan Brown

 

Anjos e Demônios - Dan Brown

Um assassinato dentro do maior centro científico do mundo: CERN. Um cientista marcado a fogo com a marca sagrada de uma antiga sociedade secreta: Illuminati. O roubo de uma substância capaz de devastar tudo em um raio de 1Km: Antimatéria.
Este é o cenário da primeira aventura de Robert Langdon, um ano antes de desvendar O Código da Vinci.
Os Illuminati eram uma fraternidade de cientistas que reuniam-se secretamente para discutir temas como astronomia, biologia, genética e outros que a Igreja não aprovava. Tamanha era a repressão católica que foram forçados e reunir-se secretamente e ocultar a identidade dos membros e a localização de seu esconderijo.
Através dos séculos ficaram conhecidos como uma seita satânica que jurou vingar-se do Vaticano e de todos que um dia subjugaram o poder da ciência. No entanto, foram considerados extintos pela maioria dos historiadores e nem mesmo a Igreja não mais os teme.
Às vésperas do Conclave que elegeria o novo Papa, o mito ressurge com sua marca ambigramática sagrada e desaparece com a mais nova – e secreta – tecnologia desenvolvida por um cientista do CERN e sua filha.
Leonardo Vetra sempre buscou a união entre a ciência e a religião, acreditando poder provar cientificamente a existência de Deus. Estava prestes a alcançar seu objetivo ao conseguir simular a gênese dentro de seu laboratório, com a criação da antimatéria – substância com propriedades inversas à matéria e potente como uma arma nuclear de 15 quilotons por gota, caso entre em contato até mesmo com o ar.
Agora em mãos dos Illuminati a antimatéria está dentro da cidade do Vaticano e em 24 horas as baterias de seu tubo/container terminarão, devastando tudo o que a Igreja reuniu através dos séculos em seu país sagrado.
Além de tudo, quatro cardeais simplesmente desaparecem minutos antes de iniciar o Conclave – os quatro preferiti – principais candidatos a novo Papa.
São 19h e o Hassassin entra em contato, matará um cardeal por hora, até que a meia-noite, terminará o reinado da igreja na terra.
Como salvar os quatro cardeais e salvar o Vaticano?
Langdon em seu vigor acadêmico lembra que os Illuminati criaram um mapa através de Roma chamado Caminho da Iluminação que leva ao seu esconderijo secreto, sem acreditar que ele ainda possa existir, ele e Vittoria acessam os arquivos secretos do Vaticano e encontram na obra de Galileu as pistas para encontrar o sagrado caminho: Terra, Ar, Fogo e Água, que os anjos o guiem em sua jornada.
Assim nossos heróis estão prontos para passar pelas milhares de igrejas de Roma em busca das obras do illuminatus Bernini e dos enigmas que levam pelo Caminho da Iluminação.
Os cardeais serão salvos? O Vaticano resistirá? A fé no mundo finalmente terminará? O novo Papa será elegido? Os Illuminati vencerão?